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Terapia Cognitiva, minha escolha...

Foto do escritor: Alessandra RiosAlessandra Rios

Atualizado: 9 de set. de 2023

A Psicologia é uma ciência muita rica, penso eu que não poderia ser diferente, dado seu objeto de estudo: o homem em todas as suas faces, sua subjetividade.

Já podemos imaginar, caros leitores, o quanto ela é ampla, tendo em vista nossa complexidade.


A Psicologia oferece vários estudos e vertentes. A minha graduação não foi especialmente direcionada para a abordagem que escolhi, mesmo por que a academia precisa ser generalista e nos colocar à par da vasta gama de oportunidades nas quais nós Psicólogos podemos atuar e servir a sociedade.


Mas, um aspecto favorável é que na academia aprendi a buscar o meu conhecimento, saber pesquisar e convergir dados. Diante disto pude perceber ainda na Clínica-escola o quanto algumas abordagens não me ofereciam eficácia em casos que atendi como Bulimia, Anorexia e Transtornos de Personalidade Borderline, principalmente pelo pouco tempo de tratamento que, como acadêmica, eu poderia oferecer em estágio. Foi então que busquei em outros cursos e congressos o contato com a Terapia Cognitiva e a Cognitiva Comportamental.


As Terapias Cognitivas, como nós especialistas costumamos chamá-la (dada sua riqueza em conteúdo) tem sua eficácia comprovada por pesquisas; ela atinge conteúdos inconscientes e de forma didática auxilia o paciente a ser seu próprio terapeuta.

Faço aqui um breve relato do seu histórico para que possam conhecê-la melhor.

Dando um salto na história, escolhi mencionar a vocês o ano de 1977, neste ano é lançado o Journal of Cognitive Therapy and Research, o primeiro periódico a abordar a Terapia Cognitiva. Em 1985, a palavra “cognição” passa a ser aceita em publicações da Association for the Advancement of Behavior Therapy, um ano depois Beck seria aceito como membro da mesma AABT. Momento impar para a terapia Cognitiva como uma abordagem de Terapia, baseada em modelos próprios de psicoterapia, com técnicas e métodos.

Foi Beck quem inicialmente propôs o modelo cognitivo para Depressão que surgiu na tentativa de provar a eficácia da Psicanalise no meio acadêmico, suas pesquisas resultaram em um novo modelo de psicoterapia: Terapia Cognitiva.


Por isso, Aaron Temkin Beck é mundialmente respeitado, conhecido como pai da Terapia Cognitiva. Hoje ainda ministra alguns Workshops em seu centro de treinamento, Beck Cognitive Behavior Therapy, que atualmente é dirigido por sua filha Judith Beck.


A Terapia Cognitiva foi criada para depressão e depois teve suas técnicas ampliadas para outros transtornos, desde Ansiedade, (ansiedade generalizada, fobias, pânico, hipocondria, transtorno obsessivo-compulsivo), à dependência química, aos transtornos alimentares, aos transtornos de stress pós-traumático, aos transtornos de personalidade, psicose, transtornos de personalidade, entre outros. Está presente em vários âmbitos, como: escolas, empresas, hospitais, clinicas, aplicável para o indivíduo (crianças, adolescentes e adultos), casal, grupos e famílias.


Essa teoria tem como uma de suas principais metas, desenvolver no paciente a habilidade de resolução de conflitos, ou seja, auxiliar o indivíduo a solucionar os seus problemas do dia a dia, dentro de uma compreensão de como suas escolhas são influenciadas por sua história de vida, e a partir disso, criar novas maneiras de pensar e compreender as suas dificuldades e então desenvolver comportamentos que possam contribuir para uma vida mais saudável e satisfatória. Ou seja, o terapeuta cognitivo tem como meta tornar seu paciente mais consciente de si, de seus processos subjetivos, e a conduzir seu presente de forma mais adaptada, em outras palavras, ser seu próprio terapeuta.


Tem em seu princípio básico o construtivismo, compreendendo que o indivíduo não processa o real objetivamente, mas subjetivamente, atribuindo às situações, comportamentos de outros, seus significados próprios. Pessoas podem significar de diferentes formas os mesmos eventos. O real é processado pelo que chamamos de esquemas e esses se desenvolve ao logo da vida do indivíduo, através das suas experiências mais precoces, nas quais suas crenças são formadas, hipóteses, regras e atitudes.


Muitos leigos no assunto se mantém no pré-conceito de que ela é fácil, não acessa conteúdos inconscientes, portanto rasa. Tal ideia faz parte de interpretações equivocadas. Já os mais atualizados reconhecem seu valor e agregam conteúdos às vastas pesquisas que constantemente vêm sendo realizadas.


Diferente da maioria das abordagens comuns a terapia Cognitiva tem sua eficácia, testada e comprovada. Ela é breve se comparada ás demais, isso não significa que seja rasa, ou de fácil aplicação, pelo contrário, ela requer uma expertise do terapeuta, exige que entenda dos processos que o Modelo abarca. Sua literatura é vasta e demanda também um constante aprendizado por parte do profissional, também requer deste uma formação continuado, tendo em vista ser uma abordagem que se multiplica e acolhe outras estratégias baseada em evidencias. Como a Terapia do Esquema, (TE), Terapia Comportamental Dialética (DBT), Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), entre outras...


Difícil traduzir em poucas palavras seu histórico e riqueza. Não foi à toa que escolhi essa abordagem para cuidar de meus pacientes e me debruçar em estuda-la. Ela é apaixonante, me possibilita conduzir meus pacientes ás suas metas e tenho constatado o quanto que cada um deles também encerram o tratamento apaixonados, e não só melhores, mas auxiliando família e amigos a enxergarem a vida sob outros pontos de vistas.

Caso tenham alguma dúvida ou queiram saber mais a respeito, por favor, entrem em contato, será um prazer poder responde-los.



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